Nessa noite solitária,faço preces;
E o fogo aos poucos acabando...
Meu sopro frio apenas o enfraquece.
Mantenho-me acordado,tremendo,
Esperando pelo sol,tento aguentar;
Rezo para que venham aninhar-me,
Mas falta-me quem possa escutar.
Qualquer barulho,alegro-me.
Não há alimento que saciem-me;
Não há paisagem para deleitar-me;
Nem predador para terminar-me.
Clamo minha presença para a mata
O vento responde bruscamente;
O fogo já quase se apagando...
Começo a sentir-me doente.
Conto as horas,sem nenhuma precisão,
Pois escuras nuvens cobriram a lua;
Até ela sumiu...Minha paixão.
Não aguento mais sonhar;
O fogo enfim tornou-se brasas...
Será que vou mesmo congelar?
Cansei,não dá para esperar!
Aproximo-me do fogo,para então,
Para só mais uma vez...Soprar.
Agnus Cavichioli Pereira
06/10/2010
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