terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Congelando

Tanto frio que estou sentindo
Nessa noite solitária,faço preces;
E o fogo aos poucos acabando...
Meu sopro frio apenas o enfraquece.

Mantenho-me acordado,tremendo,
Esperando pelo sol,tento aguentar;
Rezo para que venham aninhar-me,
Mas falta-me quem possa escutar.

Qualquer barulho,alegro-me.
Não há alimento que saciem-me;
Não há paisagem para deleitar-me;
Nem predador para terminar-me.

Clamo minha presença para a mata
O vento responde bruscamente;
O fogo já quase se apagando...
Começo a sentir-me doente.

Conto as horas,sem nenhuma precisão,
Pois escuras nuvens cobriram a lua;
Até ela sumiu...Minha paixão.

Não aguento mais sonhar;
O fogo enfim tornou-se brasas...
Será que vou mesmo congelar?

Cansei,não dá para esperar!
Aproximo-me do fogo,para então,
Para só mais uma vez...Soprar.

                                                                                                       Agnus Cavichioli Pereira
                                                                                                                           06/10/2010

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